Olha, interessar-se por alguma tarefa, mostra que você no mínimo é uma pessoa que, tem a intenção de desempenhar uma determinada função. Mas, limitar-se em desenvolver isso ou aquilo, é pra gente preguiçoso. Preste atenção na histórinha que vou contar: Em meados da década de 80, quando um professor passava um trabalho escolar, era realmente um trabalho...Com o tema em mãos, íamos pesquisar, e se não achássemos nos livros que tínhamos em casa, íamos para a casa do vizinho, que na maioria das vezes tinha uma coleção de livros caríssimos chamada BARSA, ah, como eu me lembro da Barsa, uma coleção lindíssima, de vários volumes, procurávamos nos índices os assuntos que o professor havia pedido como o tema do trabalho..., passávamos as tardes procurando, se encontrássemos pouco conteúdo íamos então para a Biblioteca Municipal de Santo André, aí, então, era outra festa, íamos de ônibus, pagávamos com passe escolar, que naquela época era de papel, descíamos do ônibus no Paço Municipal, íamos direto ver a estátua de João Ramalho, (você sabe quem foi João Ramalho?), você deve estar se perguntando, mas e a pesquisa? Onde entra a pesquisa neste trajeto todo? Calma, já estou chegando lá...Chegando na biblioteca, nos era solicitado o RG, que tirávamos de dentro de uma carteira, dessas vindas do Paraguai, a minha era vermelha e da marca OP, última moda por sinal, me lembro como se hoje da minha carteira OP, depois disso, íamos a um arquivo, digamos assim, gigante, cheio de gavetinhas, onde procurávamos o tema, achado o tema, aí sim, podíamos trabalhar em nosso projeto, com uma folha de almaço em mãos, e lápis, copíavamos o texto, que depois, seria transcrito para outra folha, desta vez o faríamos com caneta Bic, de preferência azul, ou datilografaríamos com nossa máquina de escrever Olivetti...tempo bom, não volta mais...E era assim, quase uma odisséia, fazer um trabalho escolar. Anos luz da internet, de seus Ctrl "C", e Ctrl "V", de e-mails, de tecnologia, mas, com uma vontade gigantesca de aprender, de ficar informado, hoje em dia tudo mudou, ainda bem, mas, resta naqueles que viveram estes momentos uma saudade inesquecível ....Agora, em meados dos anos 2000, temos outra linguagem, totalmente informatizada, que facilita nossa vida, que nos deixa de frente com a informação, basta ter interesse, vontade, e eu sinto que às vezes essa vontade fica guardada nos jovens de hoje, não generalizando, mas, sinto isso sim, eles têm tudo e são totalmente desinformados, alguns nem sabem o significado de índice, introdução, bibliografia, se fosse em meados da década de 80, como eles fariam pra desenvolverem uma pesquisa na Biblioteca Municipal de Santo André??? Então, pesquise, informe-se, atualize-se, e faça o melhor que puder, na função que esteja desenvolvendo, o reconhecimento sempre virá, seja em forma de nota, de elogio, de satisfação, e é isso que importa. Ah, só pra finalizar João Ramalho foi fundador no planalto da povoação de Borda do Campo, depois Santo André da Borda do Campo... É isso ái, Bjos no coração!!!! |